terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Acção, Ordem, Crise e Mudança...

Os tempos são de acção, de ordem, de crise mas também de mudança. Perante as novas complexidades económicas e políticas de matriz global, os pensamentos centram-se na necessidade de encontrar-mos uma nova ordem social com dimensão global. Estamos perante uma Revolução de Mentalidades à escala global, com consequências políticas e culturais sem precedentes. Uma nova prática social, uma Nova Cidadania espreita pelos cantos da crise financeira que ataca os Estados e os Povos. A antiga ordem social entrou em crise, motivada pela incapacidade de os seus representantes políticos resolverem os problemas económicos e sociais que atacam todos os dias as dividas soberanas das Republicas Ocidentais.

Esta ordem política comandada por uma classe política oriunda dos aparelhos político-partidários contaminou a vida pública, encharcou a governação de gente incompetente, corrupta, mediocre e ávida por um tacho bem remunerado. O Estado foi assim contaminado desde a base até ao cimo da piramide, conduzindo as Republicas para uma situação de colapso social e económico.

Estamos perante um mundo em transformação, em crise profunda, sem capacidade de alternativas políticas dentro da esfera ou universo dos actuais referentes políticos. De um lado uma esquerda dogmática, anti-democrática, e anacrónica. Que olha para a crise, para a mudança como uma forma de se posicionar mais uma vez na luta política, tirando partido das situações de crise social, económica e política. Do outro lado, uma direita sem programa, sem ideologia, engagé ao mercado, ao liberalismo. No centro dois partidos sociais democratas, um que se apresenta como Socialista Democrático e outro como Social Democrata. O Partido Socialista convive mal com a direita e com a social democracia e de vez em quando desloca-se para a esquerda fragmentária e elitista que abandonou o PCP. Dominada por um sector republicano e maçónico que  olha para o Estado como o grande motor da sociedade. Um PS que vive do Estado, que emprega no Estado as suas clientelas, os seus boys, distribuindo mimos e benesses. O Estado é assim, uma grande mãe que amamenta toda esta clientela submissa.

O PSD encontra-se entre a social democracia e a direita liberal, defendendo valores de liberdade económica,  social e cultural. Atribuindo ao Estado a sua posição de regulador de assimetrias e dotando o mesmo de instrumentos que contribuam para o esbater das desigualdades sociais entre os homens e as mulheres. Acredita na iniciativa privada, na capacidade empreendedora dos homens, não é a favor de um Estado excessivamente presente, controlador e policial.

Contudo, assiste-se que o próprio PSD se tem deslocado ora para a esquerda do PS ora para a direita do CDS-PP. Abandonando a sua matriz de partido renovador e transformista, e cedendo aos apetites de uma clique que de forma insensata também quer viver à sombra do Estado e das Empresas Públicas.
Sá Carneiro sempre votou e lutou contra este sistema social, político e económico de viver-mos na dependência do sector público.

Esta situação conduz o mundo e a Europa para uma Nova Ordem Política. Ela aí está... por enquanto silenciosa, qualquer dia, ruidosa e violenta ira correr com esta situação de crise e de estagnação. O Estado voltou, os Estadistas estão de regresso...e os políticos de carreira vão ter que procurar trabalho noutros sectores da vida privada.

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