A Distrital do PSD Porto encontra-se em estado de transformação sine die.
Vive numa espécie de cerimónia da degradação consequência da humilhação política dos resultados medíocres que alcançou no distrito do Porto. A gestão política da Direcção Distrital é obrigada a viver num contexto de forte punição eleitoral e social, com consequente degradação de imagem pública do seu líder, que sempre foi uma figura menor e irrelevante no contexto local, regional e nacional.
Um líder, uma direcção que não se encontra com o seu eleitorado social democrata e que actua em absoluta dissonância com as classes sociais, as elites e as corporações da sua região. Virgílio Macedo vive numa espécie de principio de talião político, isto é, condenado a suportar a violência e a estigmatização da sua própria derrota.Uma humilhação política que lhe não permite abandonar a liderança, mesmo sendo ele a principal causa dessa humilhante derrota.
Os resultados eleitorais últimos abriram feridas difíceis de tratar na actual liderança. Sem escamotear todas as polémicas em torno de José Pedro Aguiar Branco, Marco António Costa e Agostinho Branquinho. Este pêndulo apresenta fragilidades, cumplicidades, duplicidades e na sua génese habita a incerteza, o clientelismo, a dúvida política.
Uma liderança que cada dia que passa, lá vai mostrando as suas fragilidades conjunturais, em consequência da queda de Luís Filipe Menezes com a derrota para a liderança da Câmara Municipal do Porto. A demissão de Ricardo Almeida é a única nota de qualquer coisa digna neste pêndulo que é tudo menos harmonioso e belo.
A renovação e a mudança de actores políticos é inevitável no PSD Distrital e Nacional. Os militantes de base não se identificam com as propostas apresentadas e com as lideranças falhadas. O PSD necessita de uma mudança radical como alavanca urgente para a promoção de novas propostas e novas gentes. A atual liderança distrital é uma espécie de defunto anunciado. A região e o norte não podem ser cúmplices com tanto vazio de ideias e de propostas.
Nunca nenhuma sociedade, força política ou partido conviveu bem com as derrotas e com os derrotados. A Política não é nada solidária e compreensiva para com aqueles que perderam, quando antes tinham tudo para triunfar.Na Política só o presente conta e o futuro só como sonho e utopia. Nada mais é relevante para este mundo feito de políticas, de políticos, onde os vitoriosos deixam de ser aclamados por causa da derrota que lhes bateu à porta.
O actual líder do PSD Distrital é um político só, abandonado e sem base social de apoio. Já não tem nada para apresentar aos seus companheiros de partido, e, à sociedade regional e local ainda menos. O homem está só, abandonado e em perfeito estado de orfandade política. Com a queda e a erosão dos seus progenitores a figura perde brilho e deixa de ter razão para ter sido, quanto mais para continuar a ser alguma coisa de relevante.
Uma grande maioria do Povo do Distrito deixaram de se rever nesta Mesa da Assembleia Distrital do Porto. Um conjunto de políticos, de deputados da república, lideres de secções locais que já não representam nada nem ninguém. A não ser os seus próprios interesses em função de uma carreira pessoal de politico a tempo inteiro e a clique que os alimenta e dirige.
A própria Assembleia já não representa o Distrito mas os seus próprios caciques locais que governam e dominam as secções locais nas concelhias. O PSD precisa de massa critica, de se abrir à sociedade e a novas lideranças, como forma de catapultar sinergias mobilizadoras para um Novo programa e uma Nova Agenda Social Democrata.
Faço aqui, um pedido ao exmo Presidente da Distrital do Porto. Demita-se em nome do Porto e do Norte.
Demita-se pelo Norte. Bem haja!...
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