segunda-feira, 26 de maio de 2014

EVITEM A EUROPA FEDERAL...



Nestas eleições para o Parlamento Europeu os povos da União Europeia deixaram impresso a sua marca de descontentamento sobre os caminhos que os burocratas europeus e nacionais tinham traçado nos últimos Tratados. De um redondo não contra este federalismo imposto nas últimas décadas a troco de uns dinheiros mais ou menos fáceis.

Na realidade a construção de uma Europa Federal com uma moeda única, um governo único, um banco único era uma mistificação, que alguns burocratas nacionais e europeus acreditavam a troco de uns lugares bem remunerados nas instituições europeias e internacionais.

Os políticos nacionais eleitos democraticamente pelo povo soberano das Nações, tomaram decisões sobre a soberania dos Estados sem consulta ou referendo. Hipotecaram os Estados e submeteram os Povos a uma espoliação de direitos e de soberanias.

Perante, esta hipócrita forma de fazer política os partidos europeístas cederam ao centralismo burocrático dos europeus que sonhavam com um Estado europeu centrado numa Alemanha unificada e numa França confinada a uma europa entre Paris e Berlim.

Os Estados Soberanos reagiam de forma calculada, em silêncio e abstenção nas urnas. Mas, com a crise do Euro e das dividas soberanas, os Povos passaram ao protesto apoiando-se nos extremos. A extrema direita e a extrema esquerda ressuscitam de um longo período de silêncio. Ganham posições e maiorias em países como a França Republicana e Laica, a Grécia, a Inglaterra, a Holanda, a Itália.

Portugal por enquanto limita-se a ter uns fenómenos caseiros, sem força e sem convicção. Marinho Pinto é um produto ingénuo, racional e inteligente de um eleitorado que quer castigar o PSD, o CDS e o PS. Mas por enquanto recusam o populismo da extrema direita e da extrema esquerda. Uma atitude de grande maturidade democrática que o Povo português deu a essa Europa do Centro, rica, burguesa e moderna.

Este resultado eleitoral veio demonstrar como frágil é esta Europa do Euro e dos burocratas. O Povo dos Estados Nações rejeitou o Federalismo sem consulta e sem referendo. O Povo é e continuará a ser o garante do Estado. A Nação não é uma peça de museu, nem muito menos uma espécie de mistificação folclórica da identidade pátria. Cuidado que a besta do Leviathan ainda se levanta dos escombros e ergue novamente as fronteiras, os medos, as guerras, as divisões sem nexo e sem sentido.

É urgente voltar a uma Europa Cosmopolita, Universal e Humanista. Aliás, a única forma de restaurar a paz social entre os Povos das Nações e evitar os ódios e os fanatismos de raça, de cor, de fronteira. A imposição de um Euro centrado nas mais valias rentistas contra a força do capital ao serviço da produção é um erro e um crime contra a Civilização Ocidental.

Acreditamos que as sociedades europeias têm a força e a inteligência suficientes para neutralizar estas economias financeiras especulativas e fazer do trabalho e da economia um Bem Social.


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