quarta-feira, 28 de maio de 2014

LA FOLIE, C`EST LA FOLIE...

A França está louca. A loucura regressou à pátria da Revolução Francesa e do Maio de 68. Um povo, uma sociedade, uma nação que abandona a sua matriz cultural cosmopolita e universal e se refugia nos mitos fundadores de uma França de Ancien Régime. Uma França que foi a grande pátria do conhecimento, das artes e das ciências e que regressa ao mundo fechado dos senhores e privilegiados. Que procura no ódio ao outro, ao estrangeiro a justificação de todos os seus problemas.

Uma França que desde François Mitterrand (1916-1996) não consegue encontrar o seu fio de areane. Miterrand era o lado culto, cosmopolita e universal de uma França que procurava um novo sentido na Europa depois de abandonar as suas colónias. Mas, um sentido aberto e plural. Onde a grande França era uma pátria de cultura, de humanismo e de solidariedade.

Hoje, a França é um espaço fechado sem horizontes e sem designio algum no contexto do Mundo e da Europa. Uma França que não se governa e que deixou de liderar a Europa. Onde habita essa pátria de Camus, de Foucault, de Barthes, etc.

É urgente reinventar essa Pátria de Grande Cultura e de Grande Civilização. A França dos escritores, dos artistas, dos cientistas, dos arquitectos geniais.
 A França de hoje, é racista e mesquinha. Levanta fronteiras e ódios. Persegue os estrangeiros e os ciganos. Abandonou a Revolução Francesa e o Maio de 68. As suas cidades são espaços de segmentação e de exclusão..
Segrega os estrangeiros e persegue os outros com base na cor, no credo, na cultura. 

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