sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Politica à moda do Porto...

A politica na cidade do Porto encontra-se em estado vegetativo. Porquê? Porque na realidade os partidos políticos que têm responsabilidades na organização de estratégias políticas alternativas para a cidade abdicaram de o fazer, em beneficio de interesses eleitoralistas imediatos.

O calculismo eleitoral, a falta de uma afirmação programática sustentável e diferente, o vazio de lideranças no interior dos partidos (PS, PSD, CDS e Bloco) colocaram estes partidos numa espécie de reféns do poder actual que governa a Câmara do Porto.

As Comissões Políticas Concelhias e Distritais destes partidos resignam-se e submetem-se a um poder, a uma liderança que em nada se compagina com a identidade e a força democrática de um partido político. O Porto encontra-se desta forma numa situação de grande fragilidade democrática e de erosão de participação política. Desde as Assembleias de Junta de Freguesia até às reuniões da Vereação e respectiva Assembleia Municipal domina um total cinismo político de conveniência, de interesses que contamina a vida politica na cidade.

Pela primeira vez, a Cidade vive numa espécie de suspensão política, materializada numa ausência de contraditório, de alternativa, de critica política em beneficio de uma gestão política de emanação personalista.

Este cenário de erosão politica acontece porque os partidos políticos se colaram à personalidade carismática e forte de Rui Moreira como forma de esconder e sublimar a mediocridade das lideranças locais.

O Porto vive um momento muito complexo de vazio político, resignado na festaleira cidade que teima em se afirmar como uma top model. 

1 comentário:

Anabela Magalhães disse...

Excelente texto! Não conheço bem a realidade política do Porto... mas, a esta distância, és bem capaz de ter razão. O que não sei se é mau...