segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A Falência Financeira dos Nossos Municipios!..


Os governos Locais dos nossos municipios centraram a sua gestão autárquica nas políticas de apoio social, organizando esquemas de assistencialismo, domesticando os eleitores através de um apoio económico que o Estado dava sem retorno, patrocinando uma sociedade acomodada e resignada a um apoio social. As Câmaras governaram essencialmente para o social, para o assistencialismo, patrocinando ordas de dependentes que abandonaram os campos, as fabricas, o trabalho doméstico, o ensino e a formação.

A ideologia municipal centrou-se e asinda está centrada numa espécie de «estado-providência» baseado na Segurança Social, que conduziu as nossas Câmaras para um abismo económico-financeiro, do qual não existe memória.

A administração local preocupou-se essencialmente com a justiça social e a elevação do nível de vida dos pobres, o que á partida era até razoavel e desejavel. Mas desde logo, se verificou que este sistema de distribuição de subsidios e de apoios a IPSS e a Instituições Locais, serviu para a criação de um sistema vicioso, que em vez de erradicar o problema o ampliou e reforçou. Deste modo, amontoaram-se beneficios dirigidos à assistência social  e aos serviços sociais, criaram-se aparelhos administrativos descomunais para os gerir e lançaram-se impostos para arranjar fundos a fim de os financiar.

Mais de 60% da actividade municipal se prende com a atribuição de subsidios e apoios ao Social e ao Asssitencialismo. As reuniões de Vereação Camararia ocupam uma grande parte a aprovar estes apoios de forma a alimentar as suas clientelas de falsos pobres.

Por exemplo, os sectores fundamentais da economia local, como a agricultura, a floresta, as economias endógenas (turismo, ambiente e património), a formação e o empreendedorismo pouco ou nenhuma capacitação têm na governo local destes municipios.
Uma grande parte dos seus técnicos estão matriciados para o apoio, para a organização de eventos e festas, espectáculos, e pouco mais.

O único sector que tem alguma actividade, aliás tece, era o sector das obras, pela complexidade da aquitectura, do urbanismo, do planeameto. Mas reduz-se à implementação do PDM, dos PUs, PP e nada mais de relevo.
Este tipo de governos levou os concelhos e respectivas camaras para uma situação de falência a curto e médio prazo.

 Deixando um território desordenado, insustentável, sem recursos humanos, com uma população enevlhecida e dependente de apoios sociais, que, não tinhamos e não temos. Fomos gastando, gastando sem razoabilidade e sem pudor.

Não se implementou uma política de qualificação do espaço comercial local que fosse atrativa e dinâmica na oferta e na procura de novos nichos e produtos. Abandonamos a economia produtiva e fixamo-nos na economia do consumo e da dependência. Não implementamos politicas territoriais de sustentabilidade ambiental e social.

Fixamo-nos na propaganda fácil e sedutora. Vendemos gato por lebre aos eleitores. E agora, perante a crise financeira lamentamo-nos e acusamos a Troika e a Europa pela nossa desgraça.

Para manter este estado social corrupto e caciquista fomos lançando impostos sobre impostos, taxando sempre os mesmos, levando as empresas e aqueles que trabalham e pagam os seus impostos para um situação de revolta e quase miséria social.

Os governos locais necessitam de mudar de paradigma de governança. O número de pessoas dependentes da Segurança Social a nível Local atingiu números estratosféricos! E todos estes milhões de euros não resolveram a situação, aumentaram o problema. A quantidade de homens e mulheres que deixaram de trabalhar nos campos e nas fabricas, no comercio e na construção para viverem resignados a um apoio social.

1 comentário:

Fernando Matos Rodrigues disse...

Governo obriga as Câmaras a indicar até dia 15 do mês de Março todas as dividas dos municipios a curto, médio e longo prazo. Estes resultados vão permitir ao povo português saber quanto custou a demagogia e a cacicagem local destes últimos anos. Claro est´´a, tirando as raras e boas Câmaras. Que também as temos por cá!