Escrevo estas breves linhas, com um duplo sentimento em relação à vida politico partidária no concelho de Baião, mais propriamente em relação aos candidatos do PSD à Vereação e à Assembleia Municipal de Baião.
Faço-o em pleno direito de consciência cívica e política pelo facto de ser "ainda" Vice -Presidente da actual Comissão Política do PSD de Baião, e de ter acompanhado este processo desde o inicio até à uns meses atrás. Afastei-me deste processo quando me apercebi, que nele não havia vontade de mudar, de criar alternativa e de transformar a política no concelho. Mas, essencialmente, sentia que havia algo de perverso e de contraditório neste processo. O candidato a Presidente do PSD e atual Presidente da Comissão Política não estava interessado em afrontar interesses e políticas mas dar continuidade ao sistema e às pessoas que representam esse sistema.
A escolha destas pessoas para constituir as listas para este ato eleitoral merecem-me todas um enorme respeito como profissionais e como cidadãos. Mas, infelizmente na política já demonstraram não ter capacidades ou espaço para afrontar os poderes locais e apresentar alternativas e baterem-se por elas. Durante este último mandato estas pessoas fizeram um exercício de silêncios, de cumplicidades, de medos e de ausências nos órgãos para os quais foram eleitos na politica local e também nos Plenários do próprio PSD.
Nunca apresentaram alternativas, nunca apresentaram outras soluções para resolver os problemas do concelho e das suas populações. Nunca usaram os órgãos de comunicação locais e regionais para afrontar, para denunciar, para criticar e para apresentar outras propostas e outras estratégias.
Durante estes anos passaram mais ou menos silenciosos dentro dos órgãos do PSD local e regional. Foram muitas e variadas as possibilidades de intervir nos plenários locais e regionais e nunca o fizeram nem nunca o promoveram. Como podem apresentar-se em nome do PSD como alternativa política ao PS local. Em nome de quê? e de quem?
Perguntam. E com razão! Mas o que fiz para evitar esta situação. Lancei candidaturas. Fiz programas. Apresentei estratégias e calendários. Discuti em lugares públicos o futuro de Baião e dos baionenses. Representei o partido na Assembleia Distrital do PSD do Distrito do Porto. Levei lá os problemas do concelho e da região do EDT (Entre Douro e Tâmega), como por exemplo: o desemprego, a falência das empresas da construção, a importância do turismo no Douro, a linha Ferroviaria do Douro, a navegação do Rio Douro e a importância dos Cais no Douro, etc. Nas Reuniões da Comissão Política apresentei as minhas propostas e ideias, defendi os meus pontos de vista. Introduzi novas ideias e novas estratégias de acção política.
Durante o processo da Reforma Administrativa das Freguesias apresentei uma proposta, discuti-a no interior do partido a nível local e regional. Fomos às freguesias apresentar a nossa proposta e escutar os residentes. Onde estavam estas gentes que aparecem agora nas listas? que fizeram pelo partido e pelo concelho? que ideias tinham para apresentar aos baionenses? Durante a discussão pública do PDM no Auditório Municipal apresentei ideias, contestei outras em nome do PSD confrontando a Câmara e os seus técnicos. Onde estavam estes candidatos? Silenciosos nas filas de trás. Calados e resignados a uma futilidade sem nexo e sem pudor. E agora apresentam-se como pessoas capazes de liderar a mudança? a reforma? com que capacidades, com que conhecimento.
Outras estavam mais preocupados em discutir e em insultar os poderes que lhes bloqueavam interesses e mais valias urbanas dos territórios familiares. A política dos interesses. Publicamos a News Letter do partido e o seu blog. Contudo nada fizeram para lhe dar continuidade. Não tiveram a capacidade de assumir um programa e uma estratégia com a sociedade local e as suas instituições.
É mais fácil fazer umas visitas patéticas, tirar umas quantas fotos e colocar no face ou na página da candidatura. Tudo tão patético e tão vazio de conteúdo e de programas. Contrariamente, tinha-mos programado a Organização de um Forum com pessoas competentes a nível local, regional e nacional para a partir daí elaborar uma Agenda BAIÃO XXI, para os próximos vinte anos. Nas áreas do ambiente, do planeamento, da economia, do turismo, do emprego, da coesão social, da animação cultural, da educação e saúde, agricultura e floresta.
Quem não conhece a Terra que quer governar. Não serve, mas serve-se da Terra e dos poucos cargos que a terra lhes pode dar! Ninguém pode governar aquilo que não conhece e não quer conhecer.
Apresentei ao Presidente da Comissão Política estratégias e programas alternativos, calendários e formas de programação que assentavam na racionalidade de meios e de instrumentos. Nada disso foi considerado relevante. A sua agenda era pessoal e local. O importante era a sua figura o seu hedonismo pessoal e politico. A afirmação da sua figura política no interior do PSD local e distrital. Afastamo-nos! Claro que sim!
Neste momento seria mais fácil continuar calado, afastado do processo e assistir à derrocada do PSD de Baião. O problema é que isso significa uma perda de alternativa politica e um enfraquecimento da vida autarquica em Baião.
Assim sendo, não me posso calar e esperar pela desgraça. Sinto que o próximo resultado eleitoral vai ser muito difícil para o PSD a nível nacional e a nível local. Lamento, que não se tenha evitado esta situação em Baião.
O candidato a Presidente da Assembleia Municipal pelo PSD merece-me toda a consideração. Mas não tem perfil para estar na vida pública e na liderança política. É demasiado bondoso e comprometido com as pessoas para fazer rupturas e alavancar mudanças fortes e profundas. Não tem esse perfil. Aliás, nenhum dos candidatos tem esse perfil de liderança e de afirmação programática e política.
Meu caro Luís Sousa, lamento que o PSD tenha atingido este nível de divisão interna e se tenha afastado da população de Baião.
Claro que me podem acusar que assim estou a prejudicar a candidatura do PSD em Baião. Pode ser verdade. O que eu duvido que assim seja. Dificilmente se transformam derrotados em vencedores. Esta gente foi sempre derrotada nas urnas. O Povo de Baião não os quer lá! Ponto final...
Contudo demonstro coragem e liberdade em relação às máquinas do caciquismo partidário. Se o fizesse depois das eleições podiam-me acusar de oportunismo político. O que seria legitimo, pois não o tinha feito na hora própria. Pessoalmente seria mais fácil, mas era um ato de hipocrisia e de cinismo político. Com o qual não me identifico nem me reconheço.
Assim, demonstro que não estou dependente de nenhum "tachito" ou de nenhuma promessa de um qualquer lugar em nome da coesão e da conservação dos mesmos no poder. Pelo contrário afronto esses lugares e essa forma oportunista de estar na politica.
O que me preocupa é a qualidade de servir Baião e o seu Povo.
Nada Mais!
Faço-o em pleno direito de consciência cívica e política pelo facto de ser "ainda" Vice -Presidente da actual Comissão Política do PSD de Baião, e de ter acompanhado este processo desde o inicio até à uns meses atrás. Afastei-me deste processo quando me apercebi, que nele não havia vontade de mudar, de criar alternativa e de transformar a política no concelho. Mas, essencialmente, sentia que havia algo de perverso e de contraditório neste processo. O candidato a Presidente do PSD e atual Presidente da Comissão Política não estava interessado em afrontar interesses e políticas mas dar continuidade ao sistema e às pessoas que representam esse sistema.
A escolha destas pessoas para constituir as listas para este ato eleitoral merecem-me todas um enorme respeito como profissionais e como cidadãos. Mas, infelizmente na política já demonstraram não ter capacidades ou espaço para afrontar os poderes locais e apresentar alternativas e baterem-se por elas. Durante este último mandato estas pessoas fizeram um exercício de silêncios, de cumplicidades, de medos e de ausências nos órgãos para os quais foram eleitos na politica local e também nos Plenários do próprio PSD.
Nunca apresentaram alternativas, nunca apresentaram outras soluções para resolver os problemas do concelho e das suas populações. Nunca usaram os órgãos de comunicação locais e regionais para afrontar, para denunciar, para criticar e para apresentar outras propostas e outras estratégias.
Durante estes anos passaram mais ou menos silenciosos dentro dos órgãos do PSD local e regional. Foram muitas e variadas as possibilidades de intervir nos plenários locais e regionais e nunca o fizeram nem nunca o promoveram. Como podem apresentar-se em nome do PSD como alternativa política ao PS local. Em nome de quê? e de quem?
Perguntam. E com razão! Mas o que fiz para evitar esta situação. Lancei candidaturas. Fiz programas. Apresentei estratégias e calendários. Discuti em lugares públicos o futuro de Baião e dos baionenses. Representei o partido na Assembleia Distrital do PSD do Distrito do Porto. Levei lá os problemas do concelho e da região do EDT (Entre Douro e Tâmega), como por exemplo: o desemprego, a falência das empresas da construção, a importância do turismo no Douro, a linha Ferroviaria do Douro, a navegação do Rio Douro e a importância dos Cais no Douro, etc. Nas Reuniões da Comissão Política apresentei as minhas propostas e ideias, defendi os meus pontos de vista. Introduzi novas ideias e novas estratégias de acção política.
Durante o processo da Reforma Administrativa das Freguesias apresentei uma proposta, discuti-a no interior do partido a nível local e regional. Fomos às freguesias apresentar a nossa proposta e escutar os residentes. Onde estavam estas gentes que aparecem agora nas listas? que fizeram pelo partido e pelo concelho? que ideias tinham para apresentar aos baionenses? Durante a discussão pública do PDM no Auditório Municipal apresentei ideias, contestei outras em nome do PSD confrontando a Câmara e os seus técnicos. Onde estavam estes candidatos? Silenciosos nas filas de trás. Calados e resignados a uma futilidade sem nexo e sem pudor. E agora apresentam-se como pessoas capazes de liderar a mudança? a reforma? com que capacidades, com que conhecimento.
Outras estavam mais preocupados em discutir e em insultar os poderes que lhes bloqueavam interesses e mais valias urbanas dos territórios familiares. A política dos interesses. Publicamos a News Letter do partido e o seu blog. Contudo nada fizeram para lhe dar continuidade. Não tiveram a capacidade de assumir um programa e uma estratégia com a sociedade local e as suas instituições.
É mais fácil fazer umas visitas patéticas, tirar umas quantas fotos e colocar no face ou na página da candidatura. Tudo tão patético e tão vazio de conteúdo e de programas. Contrariamente, tinha-mos programado a Organização de um Forum com pessoas competentes a nível local, regional e nacional para a partir daí elaborar uma Agenda BAIÃO XXI, para os próximos vinte anos. Nas áreas do ambiente, do planeamento, da economia, do turismo, do emprego, da coesão social, da animação cultural, da educação e saúde, agricultura e floresta.
Quem não conhece a Terra que quer governar. Não serve, mas serve-se da Terra e dos poucos cargos que a terra lhes pode dar! Ninguém pode governar aquilo que não conhece e não quer conhecer.
Apresentei ao Presidente da Comissão Política estratégias e programas alternativos, calendários e formas de programação que assentavam na racionalidade de meios e de instrumentos. Nada disso foi considerado relevante. A sua agenda era pessoal e local. O importante era a sua figura o seu hedonismo pessoal e politico. A afirmação da sua figura política no interior do PSD local e distrital. Afastamo-nos! Claro que sim!
Neste momento seria mais fácil continuar calado, afastado do processo e assistir à derrocada do PSD de Baião. O problema é que isso significa uma perda de alternativa politica e um enfraquecimento da vida autarquica em Baião.
Assim sendo, não me posso calar e esperar pela desgraça. Sinto que o próximo resultado eleitoral vai ser muito difícil para o PSD a nível nacional e a nível local. Lamento, que não se tenha evitado esta situação em Baião.
O candidato a Presidente da Assembleia Municipal pelo PSD merece-me toda a consideração. Mas não tem perfil para estar na vida pública e na liderança política. É demasiado bondoso e comprometido com as pessoas para fazer rupturas e alavancar mudanças fortes e profundas. Não tem esse perfil. Aliás, nenhum dos candidatos tem esse perfil de liderança e de afirmação programática e política.
Meu caro Luís Sousa, lamento que o PSD tenha atingido este nível de divisão interna e se tenha afastado da população de Baião.
Claro que me podem acusar que assim estou a prejudicar a candidatura do PSD em Baião. Pode ser verdade. O que eu duvido que assim seja. Dificilmente se transformam derrotados em vencedores. Esta gente foi sempre derrotada nas urnas. O Povo de Baião não os quer lá! Ponto final...
Contudo demonstro coragem e liberdade em relação às máquinas do caciquismo partidário. Se o fizesse depois das eleições podiam-me acusar de oportunismo político. O que seria legitimo, pois não o tinha feito na hora própria. Pessoalmente seria mais fácil, mas era um ato de hipocrisia e de cinismo político. Com o qual não me identifico nem me reconheço.
Assim, demonstro que não estou dependente de nenhum "tachito" ou de nenhuma promessa de um qualquer lugar em nome da coesão e da conservação dos mesmos no poder. Pelo contrário afronto esses lugares e essa forma oportunista de estar na politica.
O que me preocupa é a qualidade de servir Baião e o seu Povo.
Nada Mais!