domingo, 29 de janeiro de 2012

Das Rotundas às Sopas do Convento...



 Os governos locais que lideram as nossas Câmaras passaram os últimos anos a embelezar a terrinha com obras inuteis e caras.

 Foram rotundas, esculturas, iluminações e animações sem sentido estético, sem função social e urbana que justifica-se tal gasto público.

 Entregaram-se aos amigos, compadres e inimigos obras e arranjos, de forma a consolar uns e a calar outros.

 Encomendaram-se planos e programas a técnicos qualificados, habilitados, com ou sem cartão do partido e provas dadas de disciplina e bom senso partidário. Desta forma habilidosa, preparavam-se candidauras a partidos, arregimentavam-se clientelas, sossegavamos os eleitores locais famintos por obra de «dar no olho», como diz o Povo.

Com estes "arranjinhos" locais davamos trabalho aos interesses instalados desde a esfera local à esfera regional. De salientar a forma como algumas estruturas locais e regionais dos partidos interagiam neste submundo. Participando da gestão e de representação política local e regional, e ao mesmo tempo forneciam os seus serviços às capelas que dependiam do aparelho local camarário, sob a entrega de obras e de encomendas directas.

Justificavamos a atribuição de subsidios e dinheiros que vinham dos cofres do Estado pela urgente necessidade de combater a interioridade, a distância e a pobreza dos concelhos e dos povos. Era uma solução politicamente eficiente e eficaz na forma como dava e distribuia o bolo por todos aqueles que mereciam a bondade do principe local.

Realizavam-se obras em terrenos cuja propriedade era privada, sem verdadeira fundamentação e programação de acordo com os principios da perequação. Mas fundamentava-se que tudo era e é realizado dentro do estritamente legal e do interesse público. Mas as obras em si não parecem abonar desse diapasão, demonstrando em alguns casos uma espécie de arte de iludir e de gastar sem controlo político e fundamentação social.

Ao longo dos anos os governos locais foram deslocando, fragmentando, equipamentos e serviços. Com o único objectivo de agradecer às suas clientelas, sem um programa que o justifique e o integre numa visão mais geral da governança local.

Governaram-se territórios, pessoas e bens sem estratégia, sem programação, sem planos, sem uma política sustentável quer nas áreas económicas, culturais, ambientais e turísticas. Realizaram-se umas quantas actividades sem um plano que as enquadra-se numa filosofia de sustentabilidades de finanças locais.

Condenamos os Povos e as Nações a uma miséra repugnante e estupidamente programada por políticos corruptos e aliados de uma clientela de gente faminta dos recursos do Estado.

Estes governos beneficiaram de uma total indiferença das oposições e da sociedade civil, parca e pouco autónoma diga-se de passagem. Estas situações levam à criação de poderes solitários, absolutos e prepotentes. Que utilizam a intriga, o medo, o silêncio, a fragilidade dos outros, para amedrontar e perseguir todos aqueles que se encontram nessa esfera de dependencias.

Um poder que utiliza um discurso de democraticidade, de abertura, de dialogo, como forma de verniz para poder executar um acção política de violência e de terror, mandando recados pelos seus lacaios e dependentes.

É um PODER FRACO,  e a PRAZO.

Aliás, quando assim, acontece!
 Estamos na presença de um sistema podre, caduco e angustiante... onde domina o sentimento de desilusão e de medo pela mudança.

 Mas é em nome da MUDANÇA que devemos combater o polvo e identificar os seus pontos negros e erradica-los dentro do enqudramento legal. Estas atitudes só demonstram a fragilidade do seu lider e dos seus capangas, e colaboradores que em troco de umas migalhas lá vão passeando com os seus audis e mercedes pela terrinha.

Mas, a verdade é sempre a mesma. Quando o Principe perde a credibilidade e a força social, o sistema cai de podre, arrastando consigo toda essa gente menor que vive e depende deste sistema promíscuo e anti-democrático.

Os tempos de hoje, são de verdade e de coragem também!...

Não podemos pactuar com um sistema que corrompe a vida pública e a condena a uma pobreza humilante.

O país local e nacional não podem pactuar com estes sistemas insustentáveis e corruptos.

 É preciso uma onda de indignação e de amor à Pátria que promova uma alternativa inteligente e assente em valores e principios de transparência e de honestidade política.

A gestão política não pode ser uma alavanca para negócios e interesses particulares. Os governantes deviam ser incriminados por má gestão pública e danos contra o Interesse Nacional.

 É verdade que todos sabemos onde estão os problemas, os actores e os interesses, mas é necessário fundar um NOVO ESTADO que procure nos ideais da Liberdade Cosmopolita  e do Serviço à Pátria uma nova governação.   

1 comentário:

Anónimo disse...

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