terça-feira, 6 de agosto de 2013

Boca de Cena



Marionetas suspensas em
depósitos, armários, caixotes e estendais
entre linhas e movimentos,
coreografia de infinitos traços onde corpos, com braços e pernas
ficam suspensos pela beleza de um sorriso.


Cai a cortina,
salta um grito
aparece uma cabeça grande, colorida e provocante
a musica rebenta-nos os imaginários
sentidos e imprevistos

Bonecos,
bonecas,
coisas horrendas e miraculosas,
ganham vida em braços ágeis  coordenados
pela disciplina de um guião

O artista comanda, dita e faz com que se desfaz a cena
o ritmo, o movimento,
o sim e o não
o dar e o tirar
a maquineta ganha vida e feitiço

Com palavrão
sem palavrão
foda-se a cena
o rei é um boneco feio e lanzudo
um parvalhão!...

Vais para o caixote,
castigo merecido
feio, lanzudo e mentiroso
aqui não voltas
A ser mais actor principal...









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