Estas propostas fazem parte da Proposta do Programa Eleitoral que elaborei a convite do Dr Rui Moreira para a Cidade do Porto. Para mim foi um estimulo o convite do amigo e candidato Rui Moreira com o qual tenho tido a oportunidade de colaborar com a publicação de vários destaques sobre as Ilhas da Cidade do Porto na Revista Tripeiro, onde é Director, bem como nas exposições e seminários realizados no Palácio da Bolsa.
Tendo em conta a nossa experiência de quase mais de duas décadas de estudo, de programação e de ensino sobre as Questões da Habitação decidimos aceitar o pedido e elaboramos um programa sério, realista e racional para a cidade. Este programa foi discutido entre ambos e aqui está.
Um conjunto de pontos que se articulam a partir do principio da participação, da inclusão e da cidadania.
Ponto Um - Promover a
reabilitação dos bairros, ilhas, casas de auto-construção de forma a valorizar
as comunidades de bairro e seus laços afectivos e familiares de vizinhança e
família;
Ponto Dois – Recuperar os
pátios interiores para a construção de equipamentos e zonas verdes para a
cidade;
Ponto três – Políticas de
renovação urbana que promovam a inclusão e a diversidade social;
Ponto Quatro – Valorização e
promoção das Comunidades de vizinhança, alicerçadas nos valores da partilha, da
família, da solidariedade e da identidade urbana;
Ponto Cinco – Implementação
de Instrumentos que aprofundem a participação dos cidadãos nas questões
relativas à habitação;
Ponto Seis – Valorizar e aprofundar as propostas
habitacionais e urbanas em função dos princípios da:
i)
Centralidade,
ii)
Estrutura/morfologia/rede,
iii)
Estratégia,
iv)
Coerência,
v)
Escala,
vi)
Estrutura social e cultural
Ponto Sete – Promover um
modelo de Cidade que identifique como eixos prioritários a:
i)
Inclusão,
ii)
Cidade participada,
iii)
Urbanismo democrático e inclusivo
iv)
Requalificação dos bairros, ilhas, mercados,
jardins e praças
v)
Incorporação de capital internacional na
reabilitação do casco da cidade,
vi)
Refuncionalização da cidade vazia, promovendo
programas de renovação nos cascos das antigas fábricas da cidade,
Ponto Oito – Monitorizando
as Políticas Públicas da Habitação, na requalificação dos bairros e ilhas, ruas
e quarteirões, de forma a:
i)
Garantir que as populações “antigas”
continuem a viver no bairro após a intervenção de requalificação,
ii)
Evitar a deslocalização e o desalojamento dos
moradores dos bairros populares e ilhas da cidade,
iii)
Reabilitação permita a inclusão de novos
grupos sociais, descendentes dos moradores e outros, de forma a renovar e a
diversificar o tecido social;
iv)
Valorizar os micro-espaços de habitar e de
viver, carregados de valores sentimentais e arquitectónicos;
v)
Requalificar as pequenas hortas e quintais,
promovendo o auto-consumo e a economia social com a venda dos produtos de valor
ecológico nos pequenos mercados da cidade;
vi)
Valorizar o retorno à Natureza centrada na
refuncionalização dos bairros e ilhas em torno da casa e jardim; da Ilha e
Horta.
Propostas
e Instrumentos a Implementar de forma a ser possível a execução destas ideias
programáticas:
- Conselho Municipal para a
habitação e Inclusão Social
Objectivos:
I ) Assegurar a participação dos cidadãos e demais
instituições públicas e privadas na elaboração, programação e acompanhamento
das políticas municipais para a habitação e inclusão social,
Ii ) Será um conselho consultivo direcionado para os
problema da habitação, da pobreza e exclusão urbana,
Iii ) Consituido por: Associações de Moradores,
Organizações e Movimentos cívicos, igreja, IPSS`s, Misericórdia, Universidades
e Institutos ligados à área da habitação e inclusão social, Associações
Comerciais e Empresariais, Sindicatos Patronais da Industria e da Construção
Civil, etc.
iv ) Propiciar a participação da população moradora nos
bairros e ilhas da cidade que lutam por uma casa digna,
- Fundo de Materiais para
apoio à Reabilitação Participada e
Auto-Construção
- Promover os Inquéritos à
Habitação na Cidade
- Criação do Provedor da Cidade
- Orçamento Participativo
orientado para
orientado para
i ) a
participação dos cidadãos na decisão publica sobre a melhor alocação das verbas
do município para as áreas da habitação e inclusão social,
ii ) colocando em debate público os programas de melhoria
de bairros e das ilhas,
iii ) a inclusão social e o combate à pobreza, os excluidos
da habitação que vivem nas ruas da cidade,
iv ) propiciar a participação da população moradora e dos
movimentos que lutam pelo direito a uma habitação digna ( estado, laicos,
igreja, universidades e entidades empresariais, IPSS`s, Misericórdia, entre
outros)
- Promover os ENCONTROS
METROPOLITANOS DE HABITÃO E INCLUSÃO SOCIAL,
- Promover as Conferencias
Municipais de Habitação
- Criar o Laboratório para a Habitação e Inclusão Social
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