Estar aqui
no sentido mais poético do habitar
Onde no lá fora,
a vida rompe os espaços dos silêncios da noite
O roncar dos carros,
lagartos sem fim
As ruas estreitas, memórias de cal e pedra
o casario plantado sobre o rio e o mar
o caminhar por entre quelhas e muros
As eras
deslizam sobre as pessoas
os galos que cantam a saudade
As gaivotas
gritam, gritam
não param de gritar
Que bicho chorão
é aquele
que não canta,
que não assobia
mas que berra como o Povo
qe sofre com este noite e dia
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