quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O Douro ao pé do mar



São rios de luz
Neste braço de mar
Casarios em ruas e becos
que dão para Este Rio que
É Mar

Largos onde gatos se espreguiçam ao nascer do luar
Silencios
Vazios
De outro mundo
Crianças e barcos
baloiçam num rio que é mar

Gaivotas
Que gritam por estas gentes do mar

Pai-nossos e
Avé-Marias
De outros tempos que ficam
Senhor dos Navegantes
Da luz e da boa viagem
acolhei estas preces
agora que vamos para
O Mar...

Carros eléctricos
brinquedos é só andar
trilhos de ferro e aço
lagarta gigante que se espreguiça do rio ao mar...

Pernas com saias
Decotes nem por isso
Corpos desnudos e belos
baloiçam entre dunas e rochedos
sob o olhar indiferente do Homem do Leme...

Bares,
Cafés
Memórias, registos, imagens
A noite cai
E nasce para o lado da Foz...




1 comentário:

Unknown disse...

Obrigada professor.
São realmente labirintos que deixam saudades... com destinos e chegadas imprevisiveis !!!
A Ribeira.

bj